Achei muito interessante a postagem passada sobre o C-4 ,agora vou postar um pouco mais sobre como tudo funciona.
Hoje vou falar sobre o protocolo de Kyoto, assunto importantissimo nos dias de hoje que se fala muito sobre o meio ambiente, bom aproveitem a leitura .
O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional fechado entre os países industrializados e outros integrantes das Nações Unidas para redução da emissão de gases causadores do efeito estufa e do conseqüente aquecimento global.
Redigido em Quioto, no Japão, em 1997, o documento cria diretrizes gerais para amenizar o problema ambientais dos impactos ecológicos dos modelos de desenvolvimento industrial e de consumo vigentes. A principal diretriz é a redução das emissões de gás carbônico em 5,2% pelos países desenvolvidos até 2012. A redução deve ser medida em relação aos níveis de emissões de 1990. Estes países são chamados no documento de países do anexo 1.
História do protocolo
Até chegar ao Protocolo de Kyoto, houve uma série de discussões que provocaram a tomada de consciência dos atuais problemas ecológicos do mundo. O primeiro passo aconteceu em Estocolmo, na Suécia, em 1972, quando aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. O primeiro encontro de líderes de Estado para discutir o assunto.
Depois vieram outras conferências, encontros e debates, com especial atenção para a ECO 92, que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1992, quando 160 países assinaram a Convenção Marco sobre Mudança Climática, cujo objetivo era “evitar interferências antropogênicas perigosas no sistema climático”.
Em Quioto, no Japão, em 1997, foi redigido o protocolo. Como já foi dito, o principal objetivo é a redução, pelos países desenvolvidos, das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Até 2012, os chamados no documento de países do anexo 1 devem reduzir em 5,2% suas emissões em relação ao emitido em 1990 (veja tabela nesta página). Os países em desenvolvimento não têm índices de redução pré-fixados, mas podem colaborar de outras formas como pode ser visto na próxima página.
Redigido o documento, era preciso ratificar para entrar em vigor. As assinaturas começaram a ser colhidas em 1998, mas o protocolo só entrou em vigor em 2004 depois que a Rússia aceitou a ratificação. Isso porque para entrar em vigor era necessário que o documento fosse ratificado por pelo menos 55 países e que representassem, no mínimo, 55% das emissões feitas em 1990. Cerca de 100 países já ratificaram o documento, mas os Estados Unidos, o maior emissor de gases poluentes do mundo (36.1%), não assinaram, alegando que a redução poderia acarretar em recessão e que as teorias sobre aquecimento global são questionáveis. Esse último argumento cada vez tem menos força na sociedade científica e, mesmo o governo George Bush, já começa a avaliar o problema com outros olhos, mas não sinaliza a assinatura do protocolo. A Austrália, que relutou em assinar, acabou aderindo em dezembro de 2007, durante a Conferência das Nações Unidas, que discutiu o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, o IPCC.
Com a decisão da Austrália, os Estados Unidos ficam isolados em relação ao resto dos países desenvolvidos.Depois vieram outras conferências, encontros e debates, com especial atenção para a ECO 92, que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1992, quando 160 países assinaram a Convenção Marco sobre Mudança Climática, cujo objetivo era “evitar interferências antropogênicas perigosas no sistema climático”.
Em Quioto, no Japão, em 1997, foi redigido o protocolo. Como já foi dito, o principal objetivo é a redução, pelos países desenvolvidos, das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Até 2012, os chamados no documento de países do anexo 1 devem reduzir em 5,2% suas emissões em relação ao emitido em 1990 (veja tabela nesta página). Os países em desenvolvimento não têm índices de redução pré-fixados, mas podem colaborar de outras formas como pode ser visto na próxima página.
Redigido o documento, era preciso ratificar para entrar em vigor. As assinaturas começaram a ser colhidas em 1998, mas o protocolo só entrou em vigor em 2004 depois que a Rússia aceitou a ratificação. Isso porque para entrar em vigor era necessário que o documento fosse ratificado por pelo menos 55 países e que representassem, no mínimo, 55% das emissões feitas em 1990. Cerca de 100 países já ratificaram o documento, mas os Estados Unidos, o maior emissor de gases poluentes do mundo (36.1%), não assinaram, alegando que a redução poderia acarretar em recessão e que as teorias sobre aquecimento global são questionáveis. Esse último argumento cada vez tem menos força na sociedade científica e, mesmo o governo George Bush, já começa a avaliar o problema com outros olhos, mas não sinaliza a assinatura do protocolo. A Austrália, que relutou em assinar, acabou aderindo em dezembro de 2007, durante a Conferência das Nações Unidas, que discutiu o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, o IPCC.
Após a ratificação e mesmo antes, os países começaram a tomar medidas para reduzir as emissões. Veja na próxima página quais as propostas do Protocolo de Kyoto para alcançar a redução.
Veja abaixo que são os países do Anexo 1 e qual a quantidade de gases poluentes emitida por cada um em 1990. Esses números são a base para as futuras reduções:
Parte | Emissões(Gg) | Porcentagem |
Alemanha | 1.012.443 | 7,4 |
Austrália | 288.965 | 2,1 |
Áustria | 59.200 | 0,4 |
Bélgica | 113.405 | 0,8 |
Bulgária | 82.990 | 0,6 |
Canadá | 457.441 | 3,3 |
Dinamarca | 52.100 | 0,4 |
Eslováquia | 58.278 | 0,4 |
Espanha | 260.654 | 1,9 |
Estados Unidos da América | 4.957.022 | 36,1 |
Estônia | 37.797 | 0,3 |
Federação Russa | 2.388.720 | 17,4 |
Finlândia | 53.900 | 0,4 |
França | 366.536 | 2,7 |
Grécia | 82.100 | 0,6 |
Hungria | 71.673 | 0,5 |
Irlanda | 30.719 | 0,2 |
Islândia | 2.172 | 0,0 |
Itália | 428.941 | 3,1 |
Japão | 1.173.360 | 8,5 |
Letônia | 22.976 | 0,2 |
Liechtenstein | 208 | 0,0 |
Luxemburgo | 11.343 | 0,1 |
Mônaco | 71 | 0,0 |
Noruega | 35.533 | 0,3 |
Nova Zelândia | 25.530 | 0,2 |
Países Baixos | 167.600 | 1,2 |
Polônia | 414.930 | 3,0 |
Portugal | 42.148 | 0,3 |
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | 584.078 | 4,3 |
República Checa | 169.514 | 1,2 |
Romênia | 171.103 | 1,2 |
Suécia | 61.256 | 0,4 |
Suíça | 43.600 | 0,3 |
Total | 13.728.306 | 100,0 |
Como reduzir as emissões?
Pelo Protocolo de Kyoto, os países desenvolvidos têm que tomar algumas medidas para atingir os propósitos de reduções. São elas:- Aumento da eficiência energética em setores relevantes da economia;
- Proteção e aumento de sumidouros e reservatórios de gases de efeito estufa sobre o meio ambiente como as florestas;
- Promoção de práticas sustentáveis de manejo florestal, florestamento e reflorestamento;
- Promoção de formas sustentáveis de agricultura;
- Pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de formas novas e renováveis de energia;
- Promoção e pesquisa de tecnologias de seqüestro de dióxido de carbono;
- Promoção e pesquisa de tecnologias ambientalmente seguras, que sejam avançadas e inovadoras;
- Redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios para todos os setores emissores de gases de efeito estufa que sejam contrários ao objetivo do protocolo;
- Convenção e aplicação de instrumentos de mercado que reduzam as emissões de gases poluentes;
- Estímulo a reformas adequadas em setores relevantes, visando a promoção de políticas e medidas que limitem ou reduzam emissões de gases de efeito estufa;
- Limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua recuperação e utilização no tratamento de resíduos, bem como na produção, no transporte e na distribuição de energia;
- Cooperação, compartilhamento de informações sobre novas tecnologias adotadas.
Entre os países mais engajados em realmente efetivar essas ações, estão os membros da Comunidade Econômica Européia, que, por exemplo, irão multar os carros mais poluentes. Além disso, são países europeus, como Holanda, que mais financiam os certificados de redução de emissão de carbono. Esses papéis financiam os chamados Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que são projetos em todo mundo que reduzem as emissões de gases ou captam o carbono emitido por processos industriais. Os MDLs são a base do comércio de carbono obrigatório. E é nesse filão que entra a maior participação dos países em desenvolvimento. Brasil, China e Índia, por exemplo, têm vários projetos que já emitiram certificados de carbono para serem comercializados.
As críticas ao modelo
Apesar do apoio de ecologistas e da maioria dos cientistas, o Protocolo de Kyoto recebe várias críticas. A principal delas é que as medidas podem causar recessão nos países desenvolvidos e com economias estáveis. O argumento foi usado pela Austrália, grande produtora de carvão mineral, e ainda é pelos Estados Unidos para não ratificarem o tratado.Além disso, alguns cientistas afirmam que as metas não terão efeitos a longo prazo. Outro argumento usado anteriormente era que os efeitos do aquecimento global não seriam tão danosos. O argumento perdeu ainda mais a força, depois do último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mundanças Climáticas), que, em 2007, ampliou as previsões negativas em relação ao clima na Terra.
Economistas voltados para questões sociais dizem ainda que os mecanismos financeiros adotados podem contribuir para uma industrialização massiva dos países em desenvolvimento, que não são obrigados a reduzir suas emissões (a China é o exemplo mais citado), e conseqüentemente haverá um aumento das emissões de gases poluentes.
É interessante lembrar que um levantamento da Agência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas afirma que a emissão dos gases do efeito estufa aumentou 2,4% de 2000 para 2004 nos países industrializados. Se forem considerados apenas os 35 países que têm metas de redução de emissões definidas no Protocolo de Kyoto, o aumento foi de 2,9%. É claro, que esses números foram levantados antes do tratado entrar em vigor, mas mostram a dinâmica da lógica do desenvolvimento adotado pelos países que é de difícil reversão. Veja alguns dados levantados no estudo. A porcentagem se refere a variação entre as emissões de 1990 e 2004 e os valores são o total emitido em 2004:
Os resultados ruins
- Estados Unidos: + 15,8% (7 bilhões de toneladas)
- Japão: + 6,5% (1,4 bilhões de toneladas)
- Canadá: + 26.6% (758 milhões de toneladas)
- Itália: + 12,1% (582 milhões de toneladas)
- Austrália: + 25,1% (529 milhões de toneladas)
- Espanha: + 49% (428 milhões de toneladas)
- Rússia: - 32% (2 bilhões de toneladas)
- Alemanha: - 17,.2% (1 bilhão de toneladas)
- Grã-Bretanha: - 14,3% (665 milhões de toneladas)
- França: - 0,8% (560 milhões de toneladas)
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